 Guy Ritchie, o homem dos contrastes. A curta carreira de realizador de Guy Ritchie já lhe deu tantas alegrias como tristezas. Depois dos aclamados Lock, Stock and Two Smoking Barrels e Snatch, vieram os apupos com o execrável Swept Away e agora com este pretensioso Revolver. O realizador sabia as regras do jogo todas muito bem, mas não as soube jogar. A sua maneira estilizada de realizar ainda é o seu único ponto forte. De resto, começando por um argumento confuso e demasiado longo, até às suas incursões pelo mundo de Tarantino, de Coppola (o pai, não a filha) e até mesmo de David Fincher, tudo falha redondamente. A história não cativa, dá até vontade de desistir a meio, de tal modo confusa e mal estruturada que está (já para não falar da previsibilidade ao longo de todo o filme). Este género está tão saturado que é dificil apanhar o espectador desprevenido, a atenção é redobrada porque já se espera um twist final. Neste caso ou ficamos contente porque o descobrimos a meio do filme ou ficamos irritados por tamanha preguiça mental para inventar algo de realmente imaginativo. Ao nível dos actores Jason Statham faz um bom trabalho e André Benjamin foi uma agradável surpresa. Ray Liotta está exagerado, caindo por vezes no ridiculo. Ainda assim tem uma cena memorável, quase saída de um filme do Padrinho, mas que não se enquadra e que, como é óbvio, não compensa o resto do filme. A introdução dos desenhos animados pareceu-me despropositada e demasiado Tarantiniana (termo inventado agora). Guy Ritchie perde o estilo próprio para se aventurar numa diversidade de outros estilos que não resultam bem entre si.  A minha classificação é de 4/10Etiquetas: Criticas |
Foste das únicas pessoas, penso eu, que à minha semelhança viu o filme. Mas reúnes umas opinião muito diversificada da minha o que é também, na verdade, curioso ler. Para mim e a meu ver o que compensa quase o filme todo é a fotografia. É soberba, e apaga quase imediatamente todos os erros (que já eu esperava) que poderiam provir do trabalho de Ritchie. Statham e Liotta são por seu lado extremamente convicentes, e isso basta para oferecer um equílibrio mais que necessário ao resto do filme.
Mas como tudo, isto é só a minha opinião. E o que interessa mesmo dizer aqui é que tens aqui um blog espectacular! Parabéns, e obrigada pela partilha!